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Polícia Federal faz buscas na casa de empresário Gaúcho e outros 8 que tramavam Golpe de Estado no Brasil

Como outros empresários criminosos envolvidos, Luiz André Tissot tem seu nome em 49 processos na Justiça, incluindo coação contra funcionários, obrigando-os a votar em Bolsonaro na Eleição de 2018.

Veja quem são este e os outros empresários que estão hoje nas mãos da Policia Federal, por articularem um golpe de estado contra o futuro Presidente do Brasil, Lula

Na manhã desta terça-feira (23), após determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes, a Polícia Federal cumpre mandados de busca contra empresários bolsonaristas, membros de um grupo no WhatsApp em que defendem um eventual golpe de Estado caso o ex-presidente Lula seja eleito em outubro. Eles também serão ouvidos pela PF.

Entre os alvos estão Luciano Hang, da Havan, José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan, José Koury, do Barra World Shopping, André Tissot, do Grupo Serra, Meyer Nigri, da Tecnisa, Marco Aurélio Raymundo, da Mormai, e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu.

Os empresários são conhecidos apoiadores do atual governo. Conheça cada um:

José Koury

José Koury é dono do Barra World Shopping, que fica localizado no Recreio dos Bandeirantes, bairro nobre da zona oeste do Rio de Janeiro, próximo a Barra da Tijuca. O shopping tem 400 lojas, praça de alimentação, arena de Air Soft, escola e clube de tiro e um campus da Universidade Estácio.

“Prefiro golpe do que a volta do PT. Um milhão de vezes. E com certeza ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil. Como fazem com várias ditaduras pelo mundo”, afirmou ele nas mensagens divulgadas na última semana.

Afrânio Bezerra

Afrânio Bezerra é dono do Grupo Coco Bambu, defensor fiel de Bolsonaro desde as eleições de 2018, quando sua empresa doou cerca de R$ 40 mil para a campanha do atual presidente. Em 2020, ele declarou abertamente apoio ao mandatário, além de defender o uso de medicamentos não comprovadamente eficazes contra a Covid-19. A mensagem foi enviada também por WhatsApp e dizia que os “formadores de opinião” tratavam a cloroquina, um medicamento sem eficácia comprovada.

Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, é médico pediatra e fundador da Mormaii, uma rede de lojas de roupas e artigos de surfe. A Mormaii tem mais de 30 franquias, 15 estúdios fitness, 100 atletas, entre patrocinados e apoiados.

“O 7 de setembro está sendo programado para unir o povo e o Exército e, ao mesmo tempo, deixar claro de que lado o Exército está. Estratégia top, e o palco será o Rio. A cidade ícone brasileira no exterior. Vai deixar muito claro. (…) Golpe foi soltar o presidiário! Golpe é o ‘Supremo’ agir fora da Constituição! Golpe é a velha mídia só falar m…”, disse ele no grupo.

Luiz André Tissot

Luiz André Tissot, que vem de uma família com tradição na manufatura de artigos de madeira na Serra Gaúcha, é dono da Sierra Móveis, especializada em móveis de luxo. Fundada em 1990 em Gramado (RS), a empresa tem 72 lojas em todo o Brasil.

“O golpe teria que ter acontecido nos primeiros dias de governo. [Em] 2019 teríamos ganhado outros 10 anos a mais”, disse o empresário no espaço bolsonarista.

Luciano Hang

Luciano Hang, também conhecido com “Veio da Havan”, é um dos mais conhecidos apoiadores de Bolsonaro e dono das lojas Havan. Luciano confirmou à Folha que integra o grupo, mas disse que quase nunca se manifesta

“Vejo que meu nome vende jornal e gera cliques. Me envolvem em toda polêmica possível, mesmo eu não tendo nada a ver com a história”, disse Hang à Folha. “Sou pela democracia, liberdade, ordem e progresso”.

Meyer Nigri

Outro participante é o dono das empresa Tecnisa, Meyer Nigri. Segundo sua assessoria, “a Tecnisa é uma empresa apartidária, que defende os valores democráticos e cujos posicionamentos institucionais se restringem à sua atuação empresarial”;

Porém, Nigri, que é um dos empresários mais influentes junto ao governo federal, encaminhou um texto com diversos ataques ao STF. “Leitura obrigatória”, dizia a mensagem, que não foi escrita por ele. “O STF será o responsável por uma guerra civil no Brasil.”

Do Diário do Centro do Mundo

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