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Com Bolsonaro, 40 mil armas por mês estão entrando no Brasil e “CACs” viram “fornecedores” do Crime Organizado

Mais de 1,2 mil armas de fogo chegaram por dia ao Brasil nos últimos dois meses, julho e agosto, segundo as estatísticas disponibilizadas pelo Ministério da Economia: 40.303 revólveres e pistolas em julho e 39.389 em agosto. É a maior entrada mensal em 25 anos e o motivo, de acordo com especialistas, pode estar ligado à perspectiva de derrota de Bolsonaro.

O Print acima é só mais um registro dos muitos que se tem visto Brasil afora. Os tais CACs são agora porta de entrada de armas importadas legalmente, e que em muitos casos estão sim armando o crime organizado, seja por concordância de quem importou, seja por roubo destas armas.

Quem em sã consciência colecionaria em casa dezenas e até centenas de armas que só servem para matar? Pois Bolsonaro liberou estes tais CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) a importar quantas armas e munição quiserem, incluindo as de alta potência e precisão.

Leia a seguir artigo da URBS MAGNA na íntegra sobre o tema

Estatísticas indicam julho e agosto como os meses que registraram a entrada da maior quantidade de armas no País em 25 anos

As importações estariam sendo antecipadas diante do temor de compradores de que LULA acabe com o decreto de armas. Um movimento semelhante ocorreu nos EUA, antes das eleições de Barak Obama e de Joe Biden, quando os americanos ampliaram arsenais sob uma perspectiva de restrições das regras sobre armas.

O ano de 1997, com FHC, registrou a importação de 7.156 revólveres e pistolas. Já entre 1998 e 2005, na transição de seu governo para o de LULA, o total ficou abaixo de 3 mil por ano, conforme mostra uma matéria no Valor Econômico. Na sequência, entre 2006 e 2017, passando pelas gestões LULA, Dilma, o volume chegou ao limite de 13 mil por ano, sob o efeito da nova gestão Temer, que em 2018 registrou 28,3 mil importações. Já sob Bolsonaro, o número seguiu dobrando. Somente em 2019 foram 54,6 mil pistolas e revólveres importados. Novamente quase dobrou em 2020, com 105,9 mil. Em 2021, foram 119,1.

Segundo a matéria, a partir do governo Temer ocorre uma mudança de regras que permite licitações para fabricantes estrangeiros, como a austríaca Glock, a alemã SIG Saber e a italiana Beretta. A brasileira Taurus era praticamente a única fornecedora. A nacional Imbel é fornecedora do Exército. Outra mudança se deu sob Bolsonaro, que em 2019 passou a permitir que civis comprassem calibres proibidos, acarretando em aumento das importações.

Agora, em 2022, de janeiro a agosto já foram importados 161.585 revólveres e pistolas. A Taurus vendeu 186 mil armas totais em seis meses. Até junho, as importações mensais seguiam um padrão semelhante ao a 2019 e 2021, variando de 2 mil a 9 mil armas, mas agora a marca mensal ficou ao redor das 40 mil unidades em julho e agosto.

O alerta que tem sido feito insistentemente por especialistas em segurança é que o aumento de circulação de armas de fogo entre civis abre portas para um aumento do número de homicídios ou tentativa de homicídios e também para que criminosos se valham dessas flexibilizações.

Em fins de junho, consultado pelo Valor, o Exército informou que o total de Certificados de Registros na categoria de CAC havia atingido 673.818. A Polícia Federal informou no início de julho que até aquele momento havia expedido 73.767 registros de armas para civis. Em 2021 haviam sido 189.253 registros.

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