Marrocos na COPA. A GN Internacional tratou, ontem, do Marrocos. Com muitas falhas. Eis o que devemos saber:
O Saara Ocidental constituia uma colônia de Espanha 1884 a 1975).
. No final de seu Governo, Franco, para evitar que o país, sob o comando da FRENTE POLISÁRIO, fizesse sua independência entregou o SAARA ESPANHOL num controvertido acordo para Marrocos e Mauritânia.
Os nacionalistas revidaram e levaram a guerra de descolonização adiante chegando, inclusive, ás portas da capital de Mauritánia, que desistiu de sua presença na região.
O Marrocos, entretanto, apoiado pelo Ocidente, entenda-se Europa Ocidental e Estados Unidos manteve irregularmente suas pretensões contrariando a ONU.
Travou-se uma guerra dura mas que permitiu a Declaração da Independência da República Arabe Saharaui Democrática RASD em 1976, respeitando os dois princípios do Direito Internacional: Autodeterminação e respeito à geografia herdada do período colonial , princípio conhecido como intangibilidade das fronteiras coloniais.
Convidado, participei do seu décimo aniversário sob intensa pressão da guerra. Atualmente, acuados pelo MARROCOS os saharauis estão confinados numa faixa entre o Sahara e Argélia reunidos em imensos campos de regugiados de seus lares ocupados pelos Marroquinos.
Uma característica: É o único país árabe governado quase exclusivamente por mulheres pois os homens estão permanentemente mobilizados para a guerra ou para funções diplomáticas no Exterior
PAULO TIMM

PAULO TIMM, aposentado, é economista, formado pela UFRGS. Pós-Graduado na ESCOLATINA, da Universidade do Chile e CEPAL/BNDES. Foi professor da Universidade de Brasília – UnB – e Técnico do IPEA, órgão do Ministério do Planejamento, em Brasília, onde residiu por 35 anos e onde fez sua vida profissional e pública.