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Ferrovia Transoceânica: Parceria entre China, Brasil e Peru vai revolucionar economia na América Latina

Você sabia que o Brasil está sendo uma peça-chave em um dos maiores projetos de infraestrutura da América Latina? A ferrovia transoceânica, que conectará o Brasil ao Peru, promete transformar o comércio internacional e contribuir para o desenvolvimento econômico de toda a região. Com um investimento de US$ 100 bilhões, esse projeto visa criar uma nova rota para o transporte de mercadorias entre a Ásia e a América do Sul. Com certeza este tema estará na Pauta das Visitas que Xi Jinping realizará ao Peru e ao Brasil no fim do mês, quando ele estará acompanhando também a Cúpula do G 20 no Rio de Janeiro.

A nova rota ferroviária encurtaria significativamente o tempo e a distância de transporte, tornando o comércio mais rápido e barato. Além disso, ao reduzir a dependência de rotas marítimas tradicionais, como o Canal do Panamá, a China garantiria acesso direto aos recursos sul-americanos, fortalecendo sua posição estratégica no cenário global.

A relação comercial entre China e América do Sul já vinha crescendo exponencialmente, impulsionada pela demanda chinesa por commodities como soja, minério de ferro e cobre. Agora, com a proposta de construção de uma ferrovia ligando o Brasil ao Peru, a China busca consolidar ainda mais essa parceria, encurtando distâncias e reduzindo custos de transporte, de acordo com elliteglobal/negóciospelomundo.

Desafios e oportunidades: a travessia da Amazônia e dos Andes

Apesar do potencial transformador, o projeto enfrenta grandes desafios. Um dos principais obstáculos é a necessidade de atravessar a Floresta Amazônica e a Cordilheira dos Andes, regiões de difícil acesso e com ecossistemas sensíveis. Além disso, há divergências entre Brasil e Peru sobre a rota ideal para a ferrovia, o que pode atrasar o andamento da construção.

No entanto, esses desafios também representam oportunidades para a inovação e a cooperação entre os países envolvidos. A superação desses obstáculos exigirá tecnologias avançadas e um planejamento meticuloso, além de um esforço conjunto dos governos e empresas para garantir que o projeto seja realizado de forma sustentável e eficiente.

A influência global da China e o novo panorama geopolítico

Nos últimos anos, a influência dos Estados Unidos na América do Sul tem diminuído, abrindo espaço para o avanço da China. Com projetos ambiciosos como a ferrovia transoceânica, a China está se posicionando como um parceiro crucial para o desenvolvimento da região. Essa parceria promete gerar benefícios mútuos, desde o fortalecimento das economias locais até a criação de novas oportunidades de emprego e infraestrutura.

Além disso, o projeto de construção da ferrovia representa um passo crucial para a integração regional. Ao melhorar as conexões de transporte, a China facilita o comércio intra-regional e promove o crescimento econômico sustentável. Em última análise, esse investimento estratégico reforça a posição da China como uma potência global e transforma o panorama geopolítico da América do Sul.

Portanto, o projeto chinês de construção de uma ferrovia transoceânica na América do Sul é um exemplo claro da ambição e da capacidade de investimento da China na região. Apesar dos desafios, os benefícios potenciais são enormes, tanto para os países sul-americanos quanto para a China. À medida que a construção avança, essa iniciativa promete revolucionar o comércio entre os dois continentes e redefinir as relações geopolíticas no século XXI.

Fontes: CREA -RO, Mundo Diplomático, Folha, IBRACHINA


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17 pensamentos sobre “Ferrovia Transoceânica: Parceria entre China, Brasil e Peru vai revolucionar economia na América Latina

      • ferrovias transnacionais em pais continental tal como é o Brasil nada mais sao do que dilapidação, roubo, subtração de reservas da riqueza e de projetos do governo chines do futuro de uma nação , eu li um relatorio em 2019/20 do governo chines que “sugeria” às grandes empresas que comprassem minas de cobre, alumínio , outros minerais e terras agricultáveis próximas ao litoral ou próximas as futuras áreas de construção de ferrovias e assim países latinos estariam em eterna pobreza ..,.

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      • Todas as grandes negociações hoje são transnacionais. Não há como fugir disto. O que precisa, é negociar os contratos e investimentos sempre em Defesa da Soberania Nacional e do aumento da riqueza da nação e da distribuição dos resultados pelo conjunto da população.

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  1. Se o percurso fosse em linha reta, a partir do porto do Rio de Janeiro, o custo da obra poderia ser pela metade. Tem muita curva, encarecendo a obra e levando mais tempo em dias de ponta a ponta. Bom para os chineses que financiarao a obra.

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    • Interessante. Tu és engenheiro? Tens ideia da Viabilidade econômica e ambiental de fazer uma ferrovia em linha reta, sem levar em conta o custo economico e ambiental do que esta no caminho? E tu viste ali que o projeto se utiliza de Ferrovias já feitas, como trechos da Norte Sul e dependendo do trecho adotado, também uma parte da trans pantaneira. Além disto, outra parte, embora ainda não construída, já estão com os estudos de viabilidade econômica e ambiental bem avançados. E não. Os chineses não ganham encompridando a obra, por que quem vai pagar boa parte são recursos deles mesmos, via Banco do BRICS.

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  2. Uma obra desse porte irá com certeza mudar o panorama econômico da região, há que se observar com cuidado os termos desse contrato,sob risco de cairmos numa dependência, saindo dos americanos e ficarmos com os chineses.

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  3. Ferrovia fundamental para o Brasil e para o Norte Fluminense e Zona da Mata leste de Minas Gerais, no entanto, os governadores Zema e Castro permanecem calados, tal qual, canário na muda, nobre o assunto. Seria incompetência ou interesses não declarados?

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  4. Os Estados Unidos irá deixar essa obra ser realizada sem nenhuma resistência, como “sabotagem” , golpe de estado, meio ambiente e etc.

    Ou Brasília se preparou para isso?

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    • Me parece que a vinda do Xi Jinping e os mais de 40 acordos assinados mostram que o Governo Lula esta sim preparado. A ver como reagirá Trump. Há sinais de que ele esta trabalhando para evitar a multipolarização, criando uma nova bi polarização armamentista. Acho que não vai funcionar. Mas se bobear, ele manda invadir algum país latino americano.

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  5. Pingback: Corredor ferroviário bioceânico Brasil-Peru - Rota Bioceânica News

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