Escárnio liberal: Itaú é o banco privado mais lucrativo do país, mas também o que mais demite e apresenta uma das maiores desigualdades na hora de pagar bônus a seus executivos e empregados [Clique na imagem para ampliar]…
A rede Brasil Atual publicou o saldo do mercado de trabalho do setor bancário brasileiro em 2013. O resultado foi desastroso, muito mais porque rema na direção contrária do país, no que se refere a criação de empregos e incremento da renda do trabalhador.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) foram extintos 4.300 empregos no setor financeiro e os novos contratados entraram no mercado ganhando menos e pressionados pela alta rotatividade a que os bancos expõe seus empregados.
Ano passado aconteceram 38.563 contratações e 42.892 demissões. Os bancos continuam lucrando e muito, ano a pós ano, assim como se mantém como empregadores pouco afeitos a respeitar os direitos do trabalhador e a remunerá-los com mais dignidade, de acordo com o que auferem anualmente.
São estes senhores que financiam “especialistas” em economia na mídia para dizer aquilo que o governo tem ou não que fazer.
São estes mesmos que vibram com artigos publicados, e destacados, na imprensa que afirmam que a saída para o país é demitir mais, se quisermos nos tornar competitivos e mais atrativos para o [todo poderoso deus] mercado.
O setor financeiro engorda, somente as custas dos juros altos, cerca de R$500 bilhões dos recursos do orçamento da União, por conta de uma dívida pública, não auditada e rolada adiante, que penaliza severamente, o Estado brasileiro, o setor produtivo e o povo que não vê a cor deste dinheiro aplicado na saúde, na educação e na moradia, por exemplo. Ou seja, dinheiro dos impostos arrecadados para sustentar quem já é muito rico e trata mal seus empregados.
Mas mesmo com todos os ganhos obtidos ultimamente e a prevalência de uma diretriz agressiva na folha de pagamento, banqueiros querem mais e não são incomodados pela mídia em sua ganância desenfreada. Até porque patrocinam empresas de comunicação e suas principais atrações jornalísticas.
A alguns dias o jornal “Valor”, um dos patrocinados pelos rentistas, publicou matéria dizendo que o setor financeiro não quer que Dilma permaneça a frente do governo em 2015 e que flertará com Aécio Neves e Eduardo Campos nas eleições presidenciais.
Este apoio ou ausência de, significa algo importante. É uma sinalização de quem poderá facilitar, ainda mais, a doce vida dos magnatas da Avenida Paulista…
Bancos cortam 4.300 vagas em 2013 e contratam pessoal com salários menores
São Paulo – O setor financeiro fechou 4.329 postos de trabalho formais em 2013, segundo levantamento divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com elaboração do Dieese. Foram 38.563 contratações e 42.892 demissões. Além dos empregos a menos, o estudo detecta queda na remuneração, à medida que os admitidos têm salário médio menor que o dos dispensados. A diferença, para menos, é de 37,3%.
O corte de vagas se concentra justamente no segmento que concentra as principais instituições bancárias. Os chamados bancos múltiplos com carteira comercial fecharam 10.109 postos de trabalho. O resultado não foi pior porque a Caixa Econômica Federal criou 5.486 empregos.
O salário médio dos funcionários contratados foi de R$ 2.966,47. Já o ganho médio dos demitidos era de R$ 4.731,57.
“Os bancos privados seguiram abusando da rotatividade, esse mecanismo perverso usado para reduzir a massa salarial e turbinar ainda mais os lucros”, afirma o presidente da confederação, Carlos Cordeiro. Segundo a entidade, a concentração de renda, uma característica brasileira, é ainda maior no sistema financeiro. A diferença salarial entre executivos e caixas é de 119,2 vezes no Santander e de 106 vezes no Bradesco – no Itaú, a diferença entre ganho do executivo e o piso salarial foi de 119,8 vezes a favor do primeiro. A Contraf-CUT cita estudo do Dieese, com base no Censo de 2010, que aponta os 10% mais ricos com renda média mensal 39 vezes maior que a dos 10% mais pobres.
Rede Brasil Atual
Pescado do Palavras Diversas
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