Em plena Pandemia, com cidadãos americanos pobres morrendo como moscas, Trump parece estar pretendendo invadir a Venezuela e conta com o prestimoso apoio do seu serviçal latino, o Boçalnaro.
Assim, sem mais nem menos, o Brasil, que mantém relações diplomáticas com a Venezuela, embora a embaixada deste país em Brasília tenha sido alvo de invasão de milicianos a meses atrás, resolveu expulsar o Embaixador da Venezuela.
Bolsonaro, ao invés de se dedicar a combater a pandemia que ceifa centenas de vidas por dia no Brasil, parece estar disposto a apoiar o campeão mundial de mortes por Corona Vírus a tentar lavar a memória do povo com sangue de gente de outras nações.
Acabo de ler no Jornalista José Segadas Vianna o que segue:
Está quase tudo pronto para uma intervenção na Venezuela
Poucas pessoas tem acompanhado a linha do tempo dos acontecimentos que antecedem uma provável intervenção militar dos EUA na Venezuela com o explícito apoio do Brasil e da Colômbia. Vamos tentar resumir os acontecimentos:
O primeiro movimento foi o de alocar tropas militares dos EUA para exercícios conjuntos com as Forças Armadas da Colômbia em uma região próxima à fronteira com a Venezuela;
Pouco tempo depois os EUA deslocaram para as águas territoriais das Antilhas Holandesas, junto ao limite das águas territoriais da Venezuela vários navios de guerra de pequeno a médio porte;
Semana passada os EUA deslocaram grandes navios de guerra, inclusive um Porta Aviões para os limites das águas territoriais da Venezuela e
E o movimento mais atual foi a expulsão sumária de todo o corpo diplomático venezuelano pelo Brasil.
Trump precisa de uma guerra apesar de sua posição isolacionista. O crescimento da candidatura de Joe Biden junto às pesquisas de opinião tem incomodado Trump e o desgaste da demora na adoção de medidas restritivas relativas à pandemia que levaram os EUA a ter milhares de mortos pode fazer a diferença nas eleições norteamericanas. Trump sabe disso e sabe que precisa promover um inimigo e combatê-lo, pois os norteamericanos em sua maioria tendem a apoiar ações militares que são realizadas em nome de uma suposta garantia da democracia em qualquer lugar do mundo.
Trump só não sabe ainda como contornar o explícito apoio concreto da Rússia ao governo de Maduro. Um passo em falso pode levar ao confronto, indesejado pelas duas superpotências, de forças norteamericanas e russas. Trump também sabe que não conseguiria derrubar Maduro sem uma forte resistência dos militares que apoiam Maduro e principalmente da Guarda Bolivariana e das forças paramilitares que são em grande número e todas armadas com fuzis AK47 e munição, o que causaria muitas mortes de civis venezuelanos e o desgaste da imagem de Trump.
Provavelmente tanto o Brasil quanto a Colômbia devem deslocar daqui a pouco tempo mais efetivos militares para a região da fronteira com a Venezuela sob as desculpas de controle da imigração e combate ao narcotráfico, mas na verdade esses deslocamentos serviriam para demonstrar a Maduro que qualquer resistência maior poderia trazer à cena da intervenção forças brasileiras e colombianas. Para Bolsonaro seria também uma solução para que se tirasse o foco de seus erros e desmandos no trato com a coisa pública e criar um fato que irremediavelmente tomaria o noticiário e seria aplaudido pelos bolsonaristas.
A situação para o governo Maduro é das mais graves que ele atravessou após a tentativa de derrubá-lo feita por Guaidó. Aguardem os próximos movimentos e depois conversamos….