
Há alguns meses a igreja do bispo e empresário brasileiro Edir Macedo enfrenta divergências internas com um grupo de cerca de 300 pastores e bispos angolanos que acusam pastores brasileiros de racismo, evasão de divisas e imposição do procedimento de vasectomiaTexto: Guilherme Soares Dias | Edição: Nataly Simões | Imagem: ReproduçãoA Igreja Universal do Reino […]
Em meio à crise da Igreja Universal de Angola, nova queixa-crime contra pastores é feita — Brasdangola Blogue
Há alguns meses a igreja do bispo e empresário brasileiro Edir Macedo enfrenta divergências internas com um grupo de cerca de 300 pastores e bispos angolanos que acusam pastores brasileiros de racismo, evasão de divisas e imposição do procedimento de vasectomia
A Igreja Universal do Reino de Deus de Angola fez uma nova queixa-crime contra bispos e pastores angolanos. A denúncia ocorreu após o quarto Cartório Notarial de Luanda atestar como falsa uma ata que destituiu a direção da igreja no país.
O pastor angolano Alberto Segunda afirma que os pastores dissidentes convocaram uma assembleia-geral extraordinária de forma ilícita. Durante o evento, foi deliberada a destituição e a dissolução dos membros da direção da igreja.
Os religiosos enfrentam divergências internas com um grupo de cerca de 300 pastores e bispos angolanos que acusam os pastores brasileiros que atuam em Angola de racismo, evasão de divisas e o procedimento forçado à vasectomia feito pelos bispos e pastores angolanos.
De acordo com a agência alemã Deutsche Walle (DW), a igreja contatou o 4º Cartório Notarial de Luanda a respeito da assembleia, mas não houve ata publicada “presumindo-se desde logo, tratar-se de um ato notarial forjado e, por sequência, completamente falso”.
“As ilegalidades cometidas pelos referidos membros da ‘Comissão de Reforma’ são inadmissíveis”, disse Alberto Segunda. Segundo o pastor, “a ata é falsa porque vem já de alguns atos viciosos, a começar pela assembleia extraordinária, que só poderia ter sido convocada pelo presidente interino, bispo Antonio Ferraz”. Ferraz, por sua vez, afirmou que bispos angolanos e brasileiros “vivem em perfeita harmonia” e que “todas as acusações feitas não condizem com a verdade”.
No dia 1 de agosto, o Diário da República de Angola, órgão oficial do país, comunicou formalmente o resultado de uma assembléia da Igreja Universal, no dia 24 de junho, que determinou a dissolução de sua diretoria e a destituição do bispo brasileiro Honorilton Gonçalves de sua cúpula.
A Universal está registrada em Angola desde 1992, onde conta com 500 mil fiéis e um total de 307 templos em todo o país, dos quais 90 estão em posse da ala angolana dissidente.
Da obrigatoriedade de vasectomia, paga pela IURB, eu já sabia. Os novos pastores ainda recebem um carro popular, casa e, na ocasião, uma ajuda de R$ 1.600,00, que hoje deve ser um pouco maior.
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