economia

Vida ou morte para Bolsonaro agora é a PEC dos Precatórios, que também tira dinheiro dos aposentados

Artigo do Fernando Brito que publico a seguir, retoma a denúncia que já fiz neste Blog no artigo Para pagar “novo Bolsa Família”, Governo quer roubar R$ 40 Bi em precatórios que aposentados receberiam em 2022 .

É claro que o dinheiro destes precatórios não é só dos aposentados. Mas são os que vão sentir na pele mais um ano sem o dinheiro que passaram anos na justiça brigando pra receber o que a Previdência lhes deve. Tem gente que morre esperando esta grana. E muitos mais morrerão sem receber se esta barbaridade for aprovada.

E tudo por que Bolsonaro quer fazer um “Novo Bolsa Família” que só teria dinheiro para um ano. Passado este ano, os pobres recebedores do Bolsa não teriam mais este dinheiro, já que em algum momento os precatórios terão que ser pagos.

Segue o artigo do Fernando Brito:

A revisão – ainda irreal, mas menos – das previsões inflacionárias para o final do ano, feita hoje pelo governo, são a prova de que, sem a PEC dos Precatórios, adiando para o próximo governo R$ 49 bilhões em pagamento de dívidas judiciais irrecorríveis, o governo Bolsonaro terá zero de espaço para medidas demagógicas de fim de governo – e de eleição – pondo uma trava no “Quem quer Dinheiro” que planeja para manter sua viabilidade política.

E olhe lá, porque se bobear seu desgaste é tão consolidado que nem panfletando cédulas de real seu nome é aceitável para a grande maioria da população.

Na proposta orçamentária enviada ao Congresso há pouco mais de duas semanas, a previsão de inflação era de 5,9% neste ano e 3,5% no ano que vem. Agora, o Governo reconhece que será de 8,3%. E é pouco, porque a base com que se trabalha no mercado, sem escrever isso no papel, é de ao menos 9%.

Mas a coisa é ainda pior, porque o INPC, que reajusta o salário mínimo (e, com ele, aposentadorias, pensões, benefícios, abonos e uma série de putras despesas que comam mais de 60% do comprometimento da receita da União) arrisca ter uma correção superior a 10%. Hoje, a previsão, muito otimista, da Fundação Getúlio Vargas, é de 9,1%.

Assim, o Governo teria uma despesa “extra” por conta da inflação entre R$ 20 e R$ 30 bilhões anuais por conta disso, o que equivale ao custo de ampliação do valor do Bolsa Família para R$ 300 mensais por benefício concedido.

No mesmo caminho vão as despesas financeiras com a elevação da Taxa Selic, que pode ir a 8,5% no fim do ano, para o qual, em janeiro deste ano, previa-se 3%.

Isso, claro, se o mercado externo continuar mantendo os níveis atuais de rejeição de riscos associados a investimentos nos emergentes, entre os quais nos saímos, disparado, os piores com o “barulho” político-institucional em que Jair Bolsonaro nos enfiou e que anula o grande potencial de atração do mercado brasileiro.

Por isso, conseguir “meter a mão nos R$ 59 bilhões da pedalada dos precatórios – ou na maior parte disso – é tão vital para Jair Bolsonaro e já começa a ser trabalhado por Arthur Lira e por Rodrigo Pacheco.

Apesar das diferenças, deputados e senadores se unem quando se trata de dinheiro em período pré-eleitoral, desde que possam tirar nacos deles.

Um pensamento sobre “Vida ou morte para Bolsonaro agora é a PEC dos Precatórios, que também tira dinheiro dos aposentados

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