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Agro é Pop? Fome cresce e mais de 1.290.000 gaúchos vivem em situação de Pobreza (menos de R$ 178,00 por mês) no Rio Grande do Agronegócio e do Eduardo Leite

Quando considerada a linha da pobreza, de ganhos mensais de até R$ 178, o número de pessoas chega a 1.291.678, isto é, 11% da população gaúcha.

O PIB grandão, baseado na produção de grãos e carne, vai parar no bolso de meia dúzia de milionários do agronegócio. Até boa parte da dita Classe Média já não come mais carne e o número de pobres aumentou muito nos últimos anos. Depois de ter erradicado a Extrema Pobreza e ter chegado ao menor patamar de desemprego da história junto com o Brasil em 2014, ao fim dos Governos do PT no País e no Estado, agora o desemprego e a fome voltam e são visíveis nas filas de desempregados e de sopões solidários para pobres e população de rua, que praticamente não existiam mais.

O Estudo relatado na matéria do SUL 21 a seguir, mostra o quanto a tragédia esta aumentando deveria envergonhar a turma do agronegócio que fatura em dólares vendendo grãos e carne enquanto os gaúchos, quando ainda tem emprego, recebem pouco e em Reais, desvalorizado propositalmente pelo Governo pra que a turma do PIB possa enriquecer ainda mais, com isenção dos impostos sobre suas fortunas, dividendos e exportação de grãos. Mas pelo jeito eles estão de acordo em transformar o Rio Grande numa grande colônia agropastoril e extrativista e não um Estado desenvolvido, com fortes industrias, tecnologia e emprego pra toda sua gente.

O Departamento de Economia e Estatística (DEE), antiga FEE e atualmente vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), divulgou na última sexta-feira (15) dados referentes à erradicação da pobreza e ao enfrentamento da insegurança alimentar no Rio Grande do Sul, que alertam para o aumento da pobreza e da fome no Estado e no Brasil mesmo antes da pandemia de covid-19.

A partir de dados de pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo analisa o cumprimento dos chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), elaborados pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a promoção de um esforço global de enfrentamento dos desafios ambientais, políticos e econômicos mais urgentes do mundo. Uma das metas estipuladas é acabar com a fome e garantir o acesso regular de todas as pessoas a alimentos seguros, nutritivos e suficientes até 2030.

Com relação ao ODS de erradicação da pobreza, o estudo do DEE apontou piora nos dados do Rio Grande do Sul e do Brasil entre 2015 e 2019. Em 2015, 1,4% dos gaúchos estavam abaixo da linha da pobreza extrema. Em 2019, eram 2,2%.

O estudo destaca que, desde 2015, é considerada a linha da pobreza extrema a renda per capita diária de US$ 1,90, enquanto as linhas da pobreza foram colocadas em US$ 3,20 e US$ 5,50, sendo o último patamar o recomendado para países com renda equivalente a do Brasil.

O levantamento também aponta que, em 2015, 3,5% dos gaúchos tinham renda de até US$ 3,20 por dia e 10,8% até US$ 5,50. Em 2019, esses números passaram a ser de 4,2% e 11,1%, respectivamente. De positivo, o estudo aponta que houve melhoria entre 2018 e 2019, uma vez que 5,1% dos gaúchos viviam com renda diária de US$ 3,20 e 13,1% com renda diária de até US$ 5,50.

Já em relação ao Brasil, o estudo mostra que, em 2015, 4,9% das pessoas vivia com renda diária de até US$ 1,90, 10,8% com até US$ 3,20 e 23,7% com até US$ 5,50. Em 2019, os percentuais subiram para, respectivamente, 6,5%, 12,2% e 24,7%.Segurança alimentar

Com relação à insegurança alimentar, o estudo do DEE aponta que, em 2013, 84,1% dos domicílios gaúchos viviam em condições consideradas como de segurança alimentar, enquanto 1,9% viviam em situação de segurança alimentar grave. Já em 2017/2018 — últimos dados analisados –, o número de pessoas vivendo em condições adequadas de alimentação caiu para 76,5%, enquanto aqueles que vivem em situação grave passou para 2,4%.

O estudo ressalta que a piora ocorreu de forma generalizada no Brasil, o que fez com que o RS, mesmo apresentando indicadores piores, passasse de 5º para o 3º lugar no ranking dos estados com melhor situação de segurança alimentar.

No Brasil como um todo, o número de domicílios em situação de segurança alimentar caiu de 77,4%, em 2013, para 63,3% em 2017/2018, com a situação de fome grave subindo de 3,2% para 4,6% dos domicílios.

Apesar de os estudos usarem dados anteriores à pandemia, a SPGG informou também que, em janeiro de 2021, 947.112 mil gaúchos viviam com até R$ 89 por mês, conforme dados do Cadastro Único (CadÚnico), o que representa 8% da população vivendo em condição de extrema pobreza, segundo os parâmetros definidos pelo governo federal para enquadramento nos programas sociais. Quando considerada a linha da pobreza, de ganhos mensais de até R$ 178, o número de pessoas chega a 1.291.678, isto é, 11% da população gaúcha.

Um pensamento sobre “Agro é Pop? Fome cresce e mais de 1.290.000 gaúchos vivem em situação de Pobreza (menos de R$ 178,00 por mês) no Rio Grande do Agronegócio e do Eduardo Leite

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