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Em entrevista, mídia da Itália lembra que o Brasil foi a 6ª economia do mundo com LULA

Ao ‘il manifesto’, o ex-presidente afirmou que “o Brasil será reconstruído” com a ajuda dos jovens, pois o PT é o “partido preferido da juventude brasileira” O post Em entrevista, mídia da Itália lembra que o Brasil foi a 6ª economia do mundo com LULA apareceu primeiro em .

Na URBS MAGNA

Ao ‘il manifesto’, o ex-presidente afirmou que “o Brasil será reconstruído” com a ajuda dos jovens, pois o PT é o “partido preferido da juventude brasileira”

Em entrevista à mídia italiana , LULA disse que o “negacionismo absurdo” de Jair Bolsonaro (PL) “custou milhares de vidas, enquanto a pobreza e a fome voltaram a afligir milhões de pessoas“. O ex-presidente acrescentou que “as pessoas hoje entendem e querem derrotá-lo” e que “o novo para nós será recuperar o que foi perdido“.

O jornal italiano argumenta que o “Brasil” está “literalmente desmoronado pelo fracasso do governo Bolsonaro” e os “motores para as eleições de outubro próximo estão acesos“. Um pequena retrospectiva de nossa política é feita: “LULA, que saiu vitorioso dos processos judiciais, pode encontrar seu grande acusador, o juiz Sergio Moro, entre os candidatos à presidência“. 

Quem conquistar o governo terá, em todo caso, que lançar as bases para a reconstrução de um país em plena emergência econômica e sanitária, reconstruir um tecido de dialética democrática, regenerar os mecanismos de integração entre investimentos e justiça social, pacificar um povo profundamente polarizado“, escrevem os redatores do ‘il manifesto’ antes de comparar o “desafio enorme” com o de “2002-2003, quando o Partido dos Trabalhadores (PT) conquistou o governo pela primeira vez e transportou o Brasil da recessão para a sexta economia mundial“. 

Os últimos vinte anos deixaram suas marcas em um país radicalmente transformado, atravessado por uma crise dilacerante e por contradições dentro da própria esquerda que, na difícil tarefa de reconquistar credibilidade, tenta minuciosamente reconstruir aquele processo democrático-popular que então levou à vitória“, argumenta a mídia progressista.

LULA respondeu a cinco pertuntas do jornal. Na primeira resposta, o ex-presidete disse que “em um contexto de normalidade democrática, Bolsonaro não teria vencido as eleições. Todas as pesquisas previam minha vitória com grande vantagem. Ele não teria sido eleito não fossem as circunstâncias excepcionais criadas pelo golpe contra a presidente Dilma Rouseff, a demonização da política democrática, a perseguição ao PT e minha prisão ilegal“. 

Não podemos esquecer que os principais meios de comunicação foram decisivos nesse processo de descumprimento da lei. Lançaram uma feroz campanha de aniquilação contra nós e, ao mesmo tempo, forjaram uma falsa imagem de Bolsonaro como o “salvador” do país“. 

“Inventaram um “mito” de Bolsonaro que, naquele contexto, iludiu muita gente, inclusive segmentos das classes populares. Hoje a situação se inverteu completamente. A decepção com o atual governo é enorme, e é ainda maior do que o próprio Bolsonaro, apesar do forte apoio midiático que ele continua tendo. Sua negação absurda já custou milhares de vidas ao país“. 

A pobreza e a fome voltaram a ser o jornal diário de milhões de brasileiros, o país mergulha em profunda crise econômica, com desemprego e fome atingindo níveis assustadores, sem pensar no isolamento internacional do Brasil, que parece ter se tornado uma piada mundial“. 

Mas, felizmente, a maioria da população está ciente da responsabilidade de Bolsonaro nesse desastre e quer derrotá-lo nas eleições de outubro próximo. Hoje, o único setor em que Bolsonaro continua a prevalecer é o do privilégio econômico: uma elite.

Na segunda resposta, LULA afirmou que seu julgamento “foi totalmente político, não algo pessoal contra LULA. Ele era contra o povo brasileiro e as conquistas feitas. As consequências para o Brasil e para a maioria da nossa população são muito mais importantes do que qualquer um dos meus sentimentos sobre essa injustiça. Porque foram os brasileiros que viram a economia desmoronar e perderam seus empregos devido à destruição de grandes empresas e setores inteiros da economia devido à Lava Jato“, argumentou o ex-presidente. “E são os brasileiros que vivem hoje com a fome, com a miséria e a retirada de direitos. Era exatamente isso que eles queriam, criando falsidades para criminalizar a política e principalmente o PT e LULA“.

Eu nunca duvidei que provaria minha inocência e que aqueles que me perseguiam responderiam por suas manipulações e ilegalidades. Foi por isso que nunca pensei em me exilar, por exemplo, para evitar a prisão. Foi assim que aguentei cada um dos 580 dias em que estive preso. Essa certeza e a solidariedade do povo em permanente mobilização por mim, os atos de apoio e apoio internacional, me deram força para resistir“.

LULA responde a terceira pergunta, que é sobre Sergio Moro: “Quem quiser ser candidato, seja. A democracia pela qual tanto lutamos no Brasil permite isso. Moro terá o direito de ser candidato livre, o que me negou em 2018. Se ele tem um projeto para o país, que o apresente, desta vez sem se esconder atrás de uma toga. Mas as pessoas não estão interessadas em promessas vazias, porque o que está vazio agora é o prato e a geladeira dos brasileiros. As pessoas passam fome, não têm trabalho, ou trabalham precariamente, muitos vivem na rua, outros com salários cada vez mais baixos e com preços cada vez mais altos“.

Quanto ao judiciário, tudo me diz que seus setores mais sérios e democráticos não permitirão que se repita o particionamento de 2018. As ilegalidades de Moro e da Lava Jato arruinaram muito a imagem do judiciário. De fato, Moro usou o judiciário para se tornar o superministro de Bolsonaro. E passou a atacar a própria Justiça. Devemos estar atentos, através da própria opinião pública internacional, mas o Tribunal Constitucional já deixou claro que não permitirá que as eleições sejam novamente fraudadas“.

Na quarta pergunta, LULA responde sobre o PT e diz que, “no sentido comum da palavra“, não o considera um “partido tradicional“. “Temos nossa trajetória de 42 anos que nos deu fortes raízes populares. Mas, ao mesmo tempo, o PT tem demonstrado grande capacidade de autorrenovação, de respostas criativas e corajosas aos novos desafios nacionais e globais. Talvez por isso o PT continue sendo, em todas as pesquisas, e para surpresa de muitos, o partido preferido da juventude brasileira“.

Acredito que tudo isso tenha a ver com a própria origem do PT. Nascemos heterodoxos e plurais. Nascemos das lutas contra a ditadura militar e pela democratização do país. Desde o início, unimos movimentos, setores e culturas políticas bastante distintas: o novo sindicalismo do final dos anos 1970, as comunidades cristãs de base, os grandes intelectuais do socialismo democrático, os movimentos do campesinato e da agricultura familiar, os movimentos negros, feministas, ecologistas , bem como diversos grupos de esquerda que emergiam da luta clandestina contra os militares“, disse LULA. “O que nos une não é um sistema de pensamento, uma ideologia, mas o espírito libertário e um projeto de emancipação para o Brasil”. 

Acho que na América Latina existem outros partidos mais antigos que também têm uma grande capacidade de inovação, como é o caso, por exemplo, da Frente Amplio no Uruguai. Você conhece um líder mais tradicional e inovador do que Pepe Mujica? E há experiências mais recentes que tiveram um resultado extraordinário, como as de López Obrador no México, Xiomara Castro em Honduras e Gabriel Boric no Chile“, declarou LULA.

De qualquer forma, não acho que os partidos de esquerda propriamente tradicionais – especialmente aqueles com tradição social-democrata centenária – estejam vivendo um momento negativo. Claro, eles passaram por um período difícil no auge da hegemonia neoliberal no mundo. Havia também grupos que, naquela época, se deixavam seduzir pelo canto das sereias neoliberais. Mas hoje está claro que o neoliberalismo é um modelo econômico e social fracassado” ,afirmou o ex-presidente ao .

A própria luta contra o coronavírus mostrou que é preciso resgatar o papel de convencimento e coordenação do Estado Democrático de Direito. A crise econômica de 2008 já havia revelado a insensatez de uma economia desregulada, o tremendo risco do capital financeiro que se entrega de forma irresponsável apenas em busca do lucro fácil. Vejo isso na Europa, apesar do crescimento da extrema direita, as políticas sociais e assistenciais estão voltando a valer. Acho que isso explica por que o Partido Social-Democrata governa a Alemanha em aliança com os Verdes, que são uma grande força de renovação, o Partido Socialista dos Trabalhadores governa na Espanha junto com o Podemos e outros partidos progressistas e o Partido Socialista governa em Portugal, por exemplo“, explicou LULA.

Devemos unir forças democráticas e progressistas para dar maior efetividade ao projeto de um sistema internacional pacífico, equilibrado e justo, que deve necessariamente ser multilateral e multipolar, no qual todos os povos tenham oportunidades reais de prosperidade e justiça social“. 

Por fim, LULA diz que “quem governar o Brasil terá a missão de reconstruir o país. E não é possível pensar em reconstruir o país com milhões de pessoas que passam fome. Garantir três refeições por dia para todos é a prioridade número um. O segundo objetivo, que não é separado do primeiro, é gerar trabalho e renda. Para isso, o país precisa de estabilidade e credibilidade. O Estado deve voltar a investir para garantir os direitos das pessoas, construir hospitais, montar escolas, expandir a universidade, tudo isso ajuda a movimentar a economia. Investir em infraestrutura e logística, manter exportações fortes e ao mesmo tempo recuperar e expandir o mercado interno, fazer a economia funcionar e mostrar aos negócios que vale a pena investir no Brasil. Ou seja, não é muito diferente do que já fizemos, porque, quando fomos pela primeira vez ao governo, a situação já era de crise econômica. E de um país em crise passamos a ser a sexta economia do mundo, com um vasto processo de inclusão social e redução das desigualdades e com um crescimento estimulante da autoestima do povo brasileiro. No Brasil, o “novo” será recuperar o que perdemos, e que já indicava um caminho para o futuro. Com muita democracia e diálogo. e que já indicava um caminho para o futuro. Com muita democracia e diálogo. e que já indicava um caminho para o futuro. Com muita democracia e diálogo”

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