Agricultura/Rio Grande do Sul

Agricultora Cleonice Back mostra em Brasília a tragédia da Seca que assola a Agricultura Familiar no RS (Áudio e texto)

Ouça o Dramático áudio de 2 minutos da Agricultora Cleonice Back, Suplente do Senador Paulo Paim. Enquanto o tal “agronegócio” comemora recorde de faturamento em vendas, Agricultura Familiar padece diante da Seca reincidente e :

Representando o Senador Paulo Paim, a sua Suplente Cleonice Back foi a Brasília mostrar o que os Agricultores Familiares já mostram ao Governador Leite desde o ano passado, mas poucas ações o Governador tomou e as que tomou, algumas levaram um ano para chegar.

O que se vê na grande mídia é a Comemoração do recorde em exportação de grãos do tal “agronegócio” , que escondem a tragédia da seca que se abate sobre os agricultores e que vem se agravando nos últimos anos. Se não houver uma ação rápida de proteção a agricultura familiar, a conta será paga também pelos trabalhadores e pelo povo das cidades, que terá que pagar cada vez mais caro por hortifrutigranjeiros que são fornecidos basicamente pela agricultura familiar e não pelo tal “agronegócio”.

Diante da demora ou até omissão do Governador Eduardo Leite em proporcionar alternativas a tragédia da Seca que assola a Agricultura gaúcha, as representações dos agricultores buscam ajuda onde podem.

Para os dirigentes do Governo Lula, incluindo Edegar Pretto, Presidente da CONAB, o Ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira e também e o próprio Senador Paulo Paim, Cleonice Back mostrou os dados que mostram que o RS enfrentando nova Estiagem, isto na sequencia de 2021/22 que também foram de Seca.

Pelo terceiro ano consecutivo o estado do RS é atingido por uma forte estiagem. São 235 municípios que decretaram estado de emergência, quase 40% dos municípios gaúchos. Mais de 200 mil famílias são atingidas pela estiagem.

Segundo a Famurs são contabilizados em torno de R$ 6 bilhões em prejuízos, destes R$ 4,3 bilhões na agricultura, R$ 1,3 bilhões na pecuária. Caso a chuva não ocorra nos próximos dias, esses prejuízos vão aumentando. Os municípios já gastaram mais de R$ 10 milhões com transporte de água para consumo humano e animal.

Segundo a Emater a cultura do milho já sofreu uma queda de até 70% em boa parte dos municípios, e chegando até 100% de perda em algumas regiões, bem como grandes perdas na produção de arroz, olericultura, fruticultura. Outra importante produção severamente atingida no estado é a pecuária de corte e leite, sobretudo pela péssima qualidade da silagem, da água e a falta dela. Bem como perda na produção do auto consumo das famílias dos agricultores familiares.

Por se tratar do terceiro ano consecutivo de estiagem se percebe a descapitalização e endividamento dos agricultores no campo, este contexto vem inviabilizando a produção agrícola, aumentando a pobreza e incentivando o êxodo rural.

As poucas chuvas que vem ocorrendo no estado são muito isoladas e de baixo volume, insuficientes para a solução do problema.

Frente este cenário os agricultores pedem socorro imediato por parte do governo do estado e governo federal com medidas emergenciais e medidas estruturantes, tais como:

Medidas emergenciais:

  1. Abastecimento de água para o consumo humano e animal
  2. Disponibilização e subsídio do governo para aquisição de milho através da CONAB para alimentação dos animais  
  3. Liberação de crédito emergencial
  4. Novos financiamentos
  5. Renegociação de dívidas

Medidas estruturais

  1. Criar mecanismos de enfrentamento a estiagem como armazenamento de água para consumo humano e animal
  2. Programas de irrigação
  3. Constituição de um Fundo Ambiental, voltado ao incentivo à preservação e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

O ministro do MDA recebeu a pauta de reivindicações do conjunto de entidades do campo como a Fetraf, MPA, MST, e Unicafs e prometeu retorno em 10 dias.

                                                         

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