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Marina,que queria “dinamitar” hidrelétrica, agora acusa Dilma de um suposto “apagão”.Fala do que não entende.

Por Paulo Moreira Leite no seu Blog

Tambem sobre o tema, lê o artigo Marina, os bagres e as lamparinas aqui neste Blog

Marina Silva entrou na campanha batendo em Dilma Roussef. Em sua primeira entrevista depois que o PSB oficializou a candidatura, ela foi para cima da presidente:

“É lamentável que tenhamos desde 2002 a ameaça de apagão. Eu digo lamentável porque nós temos há 12 anos a mesma pessoa à frente da política energética do nosso país, inicialmente como ministra (de Minas e Energia), depois como chefe da Casa Civil e agora como presidente da República”.

 

Como então Ministra do Meio Ambiente, Marina tentou impedir a construção de Hidrelétricas no Brasil

Como então Ministra do Meio Ambiente, Marina tentou impedir a construção de Hidrelétricas no Brasil, como as de Santo Antônio e de Jirau

Compreensivelmente em busca de espaço na campanha, Marina mostrou-se desatualizada em matéria de fantasmas criados pela oposição para tentar colocar o governo na defensiva.
O “apagão” foi uma miragem que veio depois do fantasma da hiper-inflação e antes da Copa que não ia acontecer. Era simples factóide, destinado a criar uma ambiente de pessimismo artificial, num país que está longe, muito longe, de ser uma nação sem problemas — mas onde se vive o mais baixo desemprego da história, onde os mais pobres realizaram conquistas inegáveis, inclusive na instalação de luz elétrica, que hoje só não atinge absolutamente 100% de todas as residências porque sempre haverão aqueles lugares perdidos e distantes num país imenso.
O que se procurava, com o fantasma número 2, era nivelar a gestão Lula-Dilma com o governo FHC no qual ocorreram, evetivamente, o governo foi obrigado a organizar um racionamento de energia, produto de uma visão política que não compreendia a necessidade do Brasil crescer e não tomou, é claro, as providências que tornariam isso possível.

O desagradável, no caso, é que a crítica de Marina ajuda a encobrir seu próprio papel nessa história. Como ministra do Meio ambiente, ela fez o possível para atrapalhar o esforço legítimo do governo Lula para garantir o suprimento de energia que permite a uma pessoa assistir TV, tomar banho quente, ligar o computador e até ler um livro à noite — ter acesso a civilização, enfim.
Se é possível apontar falha de projeto aqui, uma decisão errada ali na atuação de qualquer autoridade, em qualquer época, a atuação de Marina leva a outro balanço no campo de energia. Consistiu em impedir investimentos que iriam ajudar os brasileiros pobres, desamparados, a vencer atrasos históricos.
Apoiada numa visão excludente do meio ambiente, pela qual o progresso social pode ser sacrificado em nome da preservação ambiental, sua passagem de cinco anos pelo ministério do Meio Ambiente foi orientada em grande medida para combater a construção de hidrelétricas importantes, responsáveis pela energia mais limpa que se conhece. Se a obras não foram impedidas, foi porque ela não tinha força para isso. Não era apoiada pela maioria dos ministros nem por Lula. Mas Marina fez o possível para atrasar projetos, adiar licitações. Derrotada nas questões de mérito, dava espaço para entreves burocráticos. Jogou duro contra Santo Antônio que, ao lado de Jirau, elevou em 10% o potencial energético do país.
Terceira maior usina do mundo, construída após demoradas negociações e inúmeras concessões ambientais, que reduziram em larga medida seu potencial energético original, Belo Monte, terceira maior usina do mundo, só pode seguir em bom ritmo depois que ela deixou do governo. Nunca deixou de fazer uma campanha permanente contra a construção de Angra 3 e de outras usinas nucleares, principal fonte de energia em países cujo padrão de vida são exemplo para o mundo, como França e Alemanha.

Sete anos depois de deixar o governo Lula, Marina quer mais energia. Em vez de cobrar, seria mais honesto fazer uma autocrítica, certo?


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4 pensamentos sobre “Marina,que queria “dinamitar” hidrelétrica, agora acusa Dilma de um suposto “apagão”.Fala do que não entende.

  1. Luiz MULLER fera dos blogueiros, nos trás só notícias “quentes”, leia, discuta com seus contatos. Fique por dentro. Aqui na rede social ficamos sabendo das coisas. Divido com vocês. Distribua você também.

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    • essa lacraia incompetente do imperialismo , pra não dizer cadela do imperialismo! tu esta a serviço de quem criatura! das grandes empresas energéticas da lith e cia?

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  2. A “santinha” candidata que assumiu, no lugar do morto, vêm com seu blá!blá!blá! Dizer coisas sem nexo, vazia, típico “pastel-de-vento” ( como diz sabiamente o dito popular). Enquanto isso o Povo agradece e trabalha junto com o governo federal para melhorar suas condições de vida, obtendo acesso a luz elétrica, educação, saúde, curso profissionalizantes, tudo isso mostrado no programa eleitoral. Porque quem fez, faz é fará. Tem o que mostrar. O Povo apóia e escolheu Dilma de novo. Presidenta do Brasil!

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  3. Pingback: Paulo Moreira Leite põe os pingos nos iis: ENTRE A “FALTA DE ENERGIA” E A FALTA DE VERGONHA | Luizmuller's Blog

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