Três cineastas brasileira estão documentando o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff de dentro do Senado Federal. Maria Augusta Ramos, Petra Costa e Anna Muylaert dominaram o Senado, andando e documentando o cotidiano de opositores, golpistas e representantes de partido para registrar um momento histórico no Brasil: o golpe de Estado contra a presidente eleita Dilma Rousseff.

Diretora de filmes premiados em festivais internacionais, Maria Augusta Ramos decidiu fazer o filme há apenas três meses. “Meu trabalho é entrar na intimidade das pessoas, é baseado na observação, uso poucas entrevistas. Então, preciso da confiança das pessoas”.

A cineasta diz que sua posição em relação ao golpe vai ficar clara quando o documentário estiver pronto, “As duas horas de filme e as impressões que filmei serão a minha visão sobre o impeachment”, afirma. Porém ela não quer dizer sua posição com suas próprias palavras, por enquanto.

A presença da cineasta no Senado trouxe a tona um ar de desconfiança, e uma importante conduta em relação aos senadores que circulam pelo ambiente, e que agora são obrigados a conviver com câmeras e microfones sempre por perto. Eles, os senadores a favor do impeachment, ensaiaram uma campanha contra o filme sob o argumento que os documentário farão uma “narrativa do golpe”.

A posição desse senadores será gravada e colocada na história como apoiadores do golpe. A farsa da política direitista ficará marcada como uma total farsa burguesa, manipulada pela imprensa capitalista e traidores do país, arquitetos de um plano para atacar a classe trabalhadora e entregar toda a riqueza nacional para o imperialismo.