
Premidos pela equivocada decisão de Eduardo Leite de exigir a Volta as Aulas sem ter garantido a Vacinação dos Profissionais da Educação e por uma sociedade cansada da confusão gerada por governantes mais movidos por votos do que pela vida dos cidadãos, os professores gaúchos tomaram a decisão de não entrar em uma “Greve sanitária”. A Ampla maioria dos participantes da Assembleia assim decidiu.
Se comprometido fosse com a vida dos Professores e funcionários de Escolas, pelo menos a Vacina o Governador garantiria a eles antes da Volta as Aulas. E isto é bem Possível. Mesmo aqui no RS, há Prefeituras, assim como a de São Leopoldo, que em não mais podendo resistir a pressão insuflada inclusive por colunistas midiáticos, tomaram então a decisão de vacinar os Professores para que enfrentem o dia a dia contra o Virus com pelo menos alguma proteção a mais, além de EPIs adequados.
Sobre a mídia insuflando a população para exigir a volta as aulas, é simbólica a fala de Rosane Oliveira que disse que volta ou não as aulas era só um problema de “clima” e portanto, exigência de condições adequadas para este retorno seriam secundarias.
E não venham me dizer que a mídia esta fazendo a sua parte no combate a pandemia. Mentira. Basta ver como A MÍDIA GUASCA ESCONDE O CRIME QUE A MÍDIA NACIONAL JÁ ESTAMPA EM MANCHETES DE CAPA . O crime, ou crimes, no caso, são a forma como o Governo Central vem tratando os temas da pandemia, n oque agora já começa a ser secundado pelo Governador Eduardo Leite, também premido pela mesma mídia e pela necessidade de buscar votos e não de salvar vidas de gaúchos e gaúchas.
Eduardo Leite só pensa na próxima eleição. Ele não pensa nas pessoas como gente que pode morrer. Ele pensa nas pessoas como marionetes que podem continuar a ser enganadas com mentiras e falsas argumentações como as que elegeram Bolsonaro e ele próprio.
Segue matéria do SUL21, que cobriu a Assembleia do CPERS:
Luís Eduardo Gomes
Em assembleia digital do Centro Professores do Estado Rio Grande Sul (Cpers), realizada na tarde desta segunda-feira (3), os educadores estaduais decidiram não realizar greve sanitária contra a retomada das aulas presenciais nas escolas estaduais e, em vez disso, continuar a mobilização da categoria pela manutenção do ensino remoto.
Realizada por meio de aplicativo de videoconferência, a assembleia discutiu a possibilidade de realização de greve sanitária da categoria como forma de oposição à retomada das aulas presenciais na rede estadual, que foi iniciada nesta segunda-feira pelas escolas de Educação Infantil e o 1º e 2º anos do Ensino Fundamental e prosseguirá com a retomada dos próximos níveis até o dia 13 de maio. As aulas serão realizadas pelo modelo híbrido, com a carga horária dividida entre aulas presenciais e remotas.
Favoráveis à greve sanitária defenderam que esta era a única possibilidade para defender a categoria e, além disso, seria uma mensagem necessária para a sociedade de que o controle da mobilidade ainda é essencial.
“A gente não pode retornar para o trabalho presencial nas escolas. A gravidade da situação é muito grande. As pessoas estão sentindo o perigo do vírus. Todas e todos nós conhecemos pessoas que tombaram. Não existe outra possibilidade que não a greve”, defendeu o professor Guilherme Gil.
Já a tese contrária à greve, posição defendida pela direção do sindicato, era de que não havia mobilização da categoria para a paralisação neste momento.
“A categoria tem receio. Nós fomos penalizados na última greve, não recebemos ainda os recursos descontados”, disse a presidente do sindicato, Helenir Aguiar Schürer. “Não adianta que a gente tem uma greve de vanguarda para mostrar que o sindicato é combativo, mas que irá desgastar o próprio instrumento de greve. A greve se constrói no chão da escola e a sinalização que os colegas deram é que não existe greve sanitária”, afirmou Solange da Silva Carvalho, vice-presidente do Cpers.
Por 73% a 19%, com 8% de abstenções, os participantes da assembleia decidiram pela não realização da greve sanitária.
Apesar da decisão, Helenir destacou que a categoria irá defender a manutenção das aulas em ensino remoto e que irá atuar na fiscalização da adequação das escolas aos protocolos sanitários, porque, segundo ela, o sindicato “tem certeza que tem escolas abertas que não deveriam estar”. Além disso, disse que a entidade seguirá mobilizada na defesa da vacinação da categoria e pela entrega de equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados.
“A máscara que nossos alunos recebem é de péssima qualidade. Se nós denunciarmos isso ao Ministério Público, tenho certeza que o MP vai dizer que não tem máscara nas escolas, porque é a mesma coisa que não tivesse”, disse.
Além da possibilidade de greve, a categoria decidiu pelo não adiamento das eleições do sindicato. Previstas para acontecer no ano passado, as eleições do Cpers foram adiadas para os dias 26, 27 e 28 de maio, a serem realizadas em formato virtual.
Favoráveis ao adiamento defendiam que o momento não era adequado para a realização do pleito e que a categoria deveria estar unida nas mobilizações relacionadas à covid-19. Já os defensores da manutenção da eleição, tese defendida pela gestão atual, argumentaram que a licença sindical dos atuais dirigentes se encerra em junho próximo e que não escolher uma direção iriai desorganizar o sindicato. Por 60% dos votos favoráveis a 35% contrários, com 5% de abstenções, a votação foi mantida para o final do mês de maio.