Por que a Marinha tem que pagar pedágio para a EMS, “amiga” do Presidente se o Exército tem a tecnologia para produzir?
reproduzo na íntegra a seguir, artigo da zero hora
Documento apresentado em audiência pública das comissões de Fiscalização Financeira e Controle e Seguridade Social e Família da Câmara aponta que a Marinha comprou comprimidos de uma versão genérica do Viagra quando as Forças Armadas já detinham o conhecimento para produzir o medicamento, que é usado para a impotência sexual.
Segundo o deputado Elias Vaz (PSB-GO), a Marinha gastou R$ 33 milhões na compra de 11 milhões de doses do medicamento, entre 2019 e 2022. Ao mesmo tempo, o Exército comprou, ao custo de R$ 88,2 mil, 75 quilos da substância ativa para produzir 3,75 milhões de comprimidos. O remédio foi comprado pela Marinha do laboratório EMS, do empresário Carlos Sanches, próximo ao presidente Jair Bolsonaro (PL). A compra é alvo de uma investigação no Tribunal de Contas da União (TCU).
“Por que a Marinha tem que pagar pedágio para a EMS se o Exército tem a tecnologia para produzir?”, questionou o deputado. “É uma situação muito grave e revela que o Ministério da Defesa nem sabe o que está acontecendo sob o seu comando. É um escândalo com dinheiro público”, afirmou Elias Vaz. Pelos cálculos dele, caso a Marina solicitasse ao Exército a produção dos comprimidos que comprou gastaria por volta de R$ 200 mil.