Plenária Virtual por causa do COVID-19, teve expressiva participação de dirigentes Sindicais e milhares de pessoas acompanharam ao Vivo pela Rede Soberania e Pelo Brasil de Fato RS. Assista o Vídeo e leia o artigo Da CTB RS sobre a Plenária:

Entidades sindicais promovem plenária, com participação de mais de 180 lideranças, realizada por videoconferência e transmitida pelas redes sociais, para debater o cenário político, econômico e social brasileiro e propor estratégias para atuar neste ano de eleições no país.
O evento teve como painelistas Clemente Lúcio, ex-coordenador do Dieese e que atualmente assessora o Fórum Nacional das Centrais Sindicais e Altamiro Borges, jornalista, Presidente do Instituto Barão de Itararé, escritor e colunista dos portais Vermelho, DCM, Brasil 247, Blog cidadania, Instituto João Goulart, dentre outros.
O evento foi uma atividade do Fórum Social das Resistências, que se realiza de maneira virtual em razão do forte avanço da pandemia nesses primeiros dias do ano.
A coordenação geral da Plenária ficou a cargo da nossa Vice-Presidenta Estadual da CTB/RS Silvana Conti, que fez a fala de abertura destacado a importância histórica deste encontro e da Vitalina Gonçalves da direção da CUT/RS.
O manifesto “O LUGAR DA CLASSE TRABALHADORA NA RECONSTRUÇÃO DO PAÍS E OS DESAFIOS PARA DERROTAR O BOLSONARO” elaborado pelo conjunto das entidades integrantes do Fórum das Centrais do Rio Grande do Sul, foi documento base deste debate.

Segundo Guiomar Vidor, Presidente da CTB/RS: “A Plenária de Convergência organizada pelas Centrais Sindicais demostrou a disposição de unidade e luta da classe trabalhadora na construção de um projeto de reconstrução nacional, para garantir o desenvolvimento econômico, a geração de empregos, a distribuição de renda, a democracia e o reestabelecimento dos direitos retirados pelos governos de Temer e Bolsonaro. Neste sentido, a CONCLAT (Conferência Nacional da Classe Trabalhadora) joga papel fundamental na construção desta agenda da Classe trabalhadora.

Altamiro Borges fez uma análise da conjuntura política brasileira e defendeu a elaboração de um programa de reconstrução nacional e desenvolvimento. Avaliou como fundamental os movimentos que o Presidente Lula vem fazendo em busca de uma unidade que contemple setores amplos da sociedade, e que caberá à Classe Trabalhadora ser protagonista e levar adiante esse processo histórico. Serão dois grandes desafios. O primeiro será vencer as eleições e o segundo será conseguir governar.
Clemente Lúcio também destacou a necessidade de convencer a sociedade de que cabe a ela tomar a decisão de mudar os rumos do país. Disse que é fundamental restabelecer as políticas públicas de geração de emprego e de proteção social.
“O sistema produtivo nacional foi completamente destruído por um modelo econômico que prioriza rentismo e o neoliberalismo. É uma situação de calamidade semelhante à de um país destroçado por uma guerra. O projeto de reconstrução nacional deve primar pela proteção laboral, não bastando simplesmente revogar as reformas trabalhista e previdenciária feitas por Temer e Bolsonaro. É necessário reestruturar o sistema sindical e adequar as entidades às mudanças que ocorreram mundo do trabalho nas últimas décadas”, destacou.

Adilson Araújo, Presidente Nacional da CTB, afirmou que os sindicalistas precisam ocupar espaços de opinião para além das redes sociais e envolverem-se de maneira muito forte em todo o processo eleitoral deste ano, apresentando candidaturas, formando comitês de campanha, debatendo a situação nacional nas igrejas, nas associações de bairro e, principalmente, nos locais de trabalho. Concluiu destacando a necessidade urgente de realização da CONCLAT (prevista para abril deste ano) de modo que o conjunto das entidades sindicais possam construir a unidade necessária para enfrentar esse enorme desafio que é a reconstrução do Brasil.
Abaixo, confirma o documento que norteou o evento.
Documento_Centrais_Sindicais_em_PDF