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195 mil novos empregos com Carteira Assinada em março indicam mudança no mercado de trabalho e Confiança na Economia

O CAGED – Cadastro Geral de Emprego e Desemprego do Ministério do Trabalho é alimentado pelas Empresas quando contratam trabalhador de Carteira Assinada. Em Março 195 mil Carteiras Assinadas. O Dobro do Número de Carteiras Assinadas em Março de 2022. O CAGED é a diferença entre o nº de Admissões e Demissões, e insisto, de Carteira Assinada.

Por óbvio, apesar da desastrosa “reforma trabalhista” de Temer e Bolsonaro, que precarizou e eliminou Direitos, ainda é muito melhor ter uma Carteira Assinada com os Direitos que ela ainda contém, como 13º, FGTS, Férias, Vale Alimentação, Seguro Desemprego e outros direitos, a estar submetido a fazer bicos, trabalhar de forma autônoma ou até mesmo “empreender” pela necessidade sem ter nenhum destes direitos.

Digo isto por que paralelamente saiu a PNAD – Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílios, que diz que no 1º Trimestre o desemprego teria aumentado. A PNAD é uma Pesquisa, como o nome diz. O CAGED é um Registro de um fato concreto: A Contratação ou Demissão de um Trabalhador.

A PNAD capta todo o mercado de trabalho, incluindo a mais insegura informalidade. E ela aponta uma queda nos postos de Trabalho de trabalhadores por conta própria com CNPJ teve queda de 8,1% ( o MEI), indicando provavelmente uma volta de trabalhadores em situação de pseudo empreendorismo, mas sem direitos, a condição de Trabalhadores de Carteira Assinada.

Se este movimento é positivo para os trabalhadores, é um movimento que deveria ser também considerado positivo pelo empresariado, por que representa trabalhadores melhor remunerados, que melhor movimentam a economia ao usarem os seus salários no mercado, gerando com isto mais empregos e alimentando a verdadeira roda da economia.

Seguem mais dados do Conteúdo do CAGED do Mês de Março.

A criação de empregos cresceu 97,6% maior que a do mesmo mês do ano passado. Em março de 2022, tinham sido criados 98.786 postos de trabalho, nos dados com ajuste, que consideram declarações entregues em atraso pelos empregadores. A abertura mensal de vagas atingiu o maior nível desde setembro do ano passado.

Nos três primeiros meses do ano, foram abertas 526.173 vagas.

Setores

Na divisão por ramos de atividade, quatro dos cinco setores pesquisados criaram empregos formais em março. A estatística foi liderada pelos serviços, com a abertura de 122.323 postos, seguido pela construção civil, com 33.641 postos a mais. Em terceiro lugar, vem indústria de transformação, de extração e de outros tipos, com a criação de 20.984 postos de trabalho.

O nível de emprego aumentou no comércio, com a abertura de 18.555 postos. Somente a agropecuária, pressionada pelo fim da safra de vários produtos, extinguiu empregos com carteira assinada no mês passado, com o fechamento de 332 vagas.

Destaques

Nos serviços, a criação de empregos foi puxada pelo segmento de administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com a abertura de 44.913 postos formais. A categoria de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas abriu 35.467 vagas.

Na indústria, o destaque positivo ficou com a indústria de transformação, que contratou 17.876 trabalhadores a mais do que demitiu. Em segundo lugar, ficou a indústria extrativa, que abriu 1.566 vagas.

As estatísticas do Caged apresentadas a partir 2020 não detalham as contratações e demissões por segmentos do comércio. A série histórica anterior separava os dados do comércio atacadista e varejista.

Regiões

Todas as cinco regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em março. O Sudeste liderou a abertura de vagas, com 113.374 postos a mais, seguido pelo Sul, com 37.441 postos. Em seguida, vem o Centro-Oeste, com 22.435 postos. O Nordeste abriu 14.115 postos de trabalho, e o Norte criou 10.077 vagas formais no mês passado.

Na divisão por unidades da Federação, 22 registraram saldo positivo, e cinco extinguiram vagas. Os destaques na criação de empregos foram São Paulo (50.768 postos), Minas Gerais (38.730) e Rio de Janeiro (19.427). As maiores variações negativas ocorreram em Pernambuco (5.266 postos), Paraíba (815) e Rio Grande do Norte (78).

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